quinta-feira, outubro 13, 2005

TRIGAIS

Dourados trigais a planura ondeiam
Com ligeira brisa que sopra divinal,
Fofos tapetes a campina serpenteiam
Tisnados pelo calor do duro estival.

Presos à terra, mãe da Natureza
Num abraço leve de graciosidade
Dão fartura e pão que à pobreza
Mitiga a dura fome que a invade.

Papoilas exuberantes no trigal criadas
O campo cobrem de tons avermelhados,
Lembram paisagens de tintas salpicadas
Com coloridos beijos de apaixonados.

Perdidos nos campos os lindos trigais
De imagens enchem os poemas da vida
Com efémeros sonhos no tempo irreais
Os dias inundam de mágica florida.

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