quarta-feira, julho 20, 2005

Num belo cantinho descansa oesp�rito... Posted by Picasa
SAUDADES

Mora no meu ser,
que dormita incólume,
uma viagem vivida
de um amor que chora
e sofre acorrentado
a um labirinto de sonhos...
Sonho teus seios ao luar
e tua boca ardente
onde se queimam meus lábios
em rubras labaredas,
sussurrantes de desejos
e mendigos de um amor
adornado de paixão...
Transborda a saudade
dos tempos vividos
na cavalgada da vida,
sedenta dos carinhos
que saboreava com delícia
e se perderam pelos caminhos
sem rumo e sozinhos...
Murcha de saudades o amor
que aos poucos vai morrendo
e mergulhado na dor caminhando
vai lentamente seu final tecendo.

terça-feira, julho 05, 2005

Bela paisagem cercada de cintilantes lagos. Posted by Picasa

MATINAL PRIMAVERIL

Pétalas choram lágrimas de orvalho
Que a maresia cobriu com carinho,
O sol afaga a abelha que no trabalho
A flor amima, beijando-a de mansinho.

Milhares de reflexos brilham prateados
Pelas matas e bosques verdejantes,
Cantores entoam melodiosos trinados,
E ribeiros confundem-se rumorejantes.

Coloridas pinturas de diversas flores
À Natureza dão mais brilho e alegria,
O arco-íris espalha suas lindas cores
E a manhã alinda com o raiar do dia.

Miram-se as árvores no cintilante ribeiro
Espelhado com o cristal das suas águas,
Os peixes gozam fulvo sol fagueiro,
Nadando com graça por entre as fráguas.
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In IMAGENS

Apaga-se a luz do dia e começa a folia




NOITE (DES)CANSADA



Ruas apinhadas de gente! Há festa na cidade e o povo das redondezas veio para se divertir nos festejos. Mas, enquanto uns rodopiam e gozam da sua liberdade, outros tentam recuperar de uma semana de trabalho e perdem essa mesma liberdade. Por todo o lado estridentes e enormes autofalantes vomitam sons que de músical apenas têm o som instrumental. Estremecem janelas e portas das casas e o "povinho" acotovela-se pelas estreitas ruas. O sossego necessário para um recuperador descanso está afastado, pois, a barafunda musical jamais o permitirá. A noite avança e a algazarra continua sem o mínimo respeito pelas liberdades de cada um. Duas horas da manhã! Seria razoável que os festejos terminassem a esta hora. Mas, não. Lá fora a mesma folia avança. Já não há forma de descanso e aquilo que deveria ser uma noite de recuperação, converte-se em noite de insónia e pesadelo. Bendita liberdade!