domingo, outubro 23, 2005
A PROCURA
Enorme força sustenta a Natureza
Glorificada pelo humano triunfante,
Como a criança atraída pela beleza
Fascinado revolve Universo distante.
As estrelas olha no escuro universal
Distantes da Terra no Cosmos brilhando,
Luzeiros perdidos no infinito astral
Que lenta descoberta vai desvendando.
Frenética batalha trava a ciência
Com a suprema força que domina
Todo o Cosmos que pela inteligência,
Humanos nos torna e parte divina.
Eterno ingénuo o homem medita
O Natural e Divino que o atormenta
Na viagem buscando origem infinita,
A luz da esperança que o alimenta.
Glorificada pelo humano triunfante,
Como a criança atraída pela beleza
Fascinado revolve Universo distante.
As estrelas olha no escuro universal
Distantes da Terra no Cosmos brilhando,
Luzeiros perdidos no infinito astral
Que lenta descoberta vai desvendando.
Frenética batalha trava a ciência
Com a suprema força que domina
Todo o Cosmos que pela inteligência,
Humanos nos torna e parte divina.
Eterno ingénuo o homem medita
O Natural e Divino que o atormenta
Na viagem buscando origem infinita,
A luz da esperança que o alimenta.
quinta-feira, outubro 13, 2005
ONDAS DO MAR
Se as ondas do mar fossem flores Num jardim orvalhado de beijos Alagariam de perfumes e de cores As pétalas embebidas em desejos. Ergueriam um clamor de ilusões Germinadas de ternuras cristalinas E desfolhadas por brisas de paixões Acompanhadas de melodias divinas. Se as ondas do mar fossem ventura Nas primaveris auroras de beleza Inundariam num pranto de ternura O sonho transbordante de pureza. Cantariam as alegrias da vida Fechadas em conchas de saudade Que no prazer da existência querida Bordariam de grinaldas a amizade. |
TRIGAIS
Dourados trigais a planura ondeiam Com ligeira brisa que sopra divinal, Fofos tapetes a campina serpenteiam Tisnados pelo calor do duro estival. Presos à terra, mãe da Natureza Num abraço leve de graciosidade Dão fartura e pão que à pobreza Mitiga a dura fome que a invade. Papoilas exuberantes no trigal criadas O campo cobrem de tons avermelhados, Lembram paisagens de tintas salpicadas Com coloridos beijos de apaixonados. Perdidos nos campos os lindos trigais De imagens enchem os poemas da vida Com efémeros sonhos no tempo irreais Os dias inundam de mágica florida. |
SERRA DA ARRÁBIDA
Gaivotas volteiam sobre o calmo mar, Ondas morrem no areal fino da praia, A serra mira-se no espelho a cintilar Da concha rutilante de águas de cambraia. Miríades de cores brilham com ternura, Reflectindo as cambiantes de cor cálida No extenso manto da mata de verdura Que em tapete cobre a serra da Arrábida. A natureza com esplendor e encanto Acorda com suave sussurro do vento, Pelos vales escorre prateado pranto Do nocturno orvalho criado ao relento. As vertentes beijadas num morno matinal Pelas ligeiras carícias duma ténue aragem, São quimeras e sonhos dum mundo irreal Deixados pela brisa presos na ramagem. Sacode o arvoredo o espesso manto De neblina que se esfuma lentamente, A mata desperta em gracioso canto Que enche de vida a serra imponente. Dum lado, a praia maravilhosa, Do outro, a arriba alcantilada, Cambiantes de paisagem formosa, Cinzelada por escultor de nomeada. Ao longe, o Tejo na penumbra, Mais perto, o pacífico Sado, Maravilhas que o olhar vislumbra Num painel de belas tintas pintado. As entranhas esboroaram sem piedade, Desbastando algum encanto e beleza, Chora a mata lágrimas de saudade Diluídas no vazio da humana pobreza. |
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